Por: Maria Luiza Dourado
Empresa afirma, 123Milhas pede recuperação judicial porém, que crise é passageira e que não deve afetar de modo definitivo ‘a solidez de suas atividades’.
A 123Milhas admitiu à Justiça, em pedido de recuperação judicial, débitos de mais de R$ 2,3 bilhões.
A empresa ingressou nesta terça-feira (29) com a medida, que será analisada pelo juízo da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, onde também se encontra a sede da companhia.
O pedido de recuperação judicial engloba não apenas a 123Milhas.
Mas também a Art Viagens, que é de propriedade dos sócios da 123Milhas e desempenhava um papel crucial na emissão de passagens. Além da Novum, holding que possui a totalidade do capital da empresa de turismo de Minas Gerais.
Divida
O valor exato das dívidas totaliza R$2.308.724.726,25.
123Milhas pede recuperação judicial
Conforme Marcello Mello, sócio do escritório Guimarães & Vieira de Mello Advogados, essa quantia corresponde ao passivo declarado pelas requerentes e engloba variadas dívidas, incluindo obrigações com funcionários, fornecedores e credores.
Sobre a suspensão das viagens da linha promocional, que desencadeou a crise no negócio e foi tornada pública em 18 de agosto. As empresas afirmaram à Justiça que o cenário esperado não se concretizou devido a fatores alheios que impossibilitaram a emissão dos bilhetes aos clientes do programa.
“A requerente 123 Milhas reconhece que os resultados previstos mediante estudos preparatórios do Programa Promo123 acabaram não sendo atingidos.
Se acreditava que para cada voo vendido, o cliente também adquiriria outros produtos atrelados à viagem (reservas de hospedagem, passeios, etc), mas isso acabou não ocorrendo”, diz a companhia no pedido de recuperação judicial.
O grupo 123Milhas ressaltou no pedido de recuperação judicial que a crise enfrentada:
“é passageira” e que não deve afetar de modo definitivo a solidez de suas atividades.
Tutela de urgência
No pedido, as empresas buscam com urgência a concessão da Recuperação Judicial. Isso implica, primeiramente, em salvaguardar os bens e o caixa da empresa contra bloqueios judiciais.
Além disso, visa adiantar o “stay period”, um período de 180 dias a partir da aceitação pelo juiz do pedido de RJ, durante o qual a empresa fica resguardada contra novas cobranças e execução de dívidas.
123Milhas pede recuperação judicial
A 123 Milhas alega que, devido aos fatos recentes, houve quebra de confiança dos agentes de mercado (em relação à empresa) e uma “verdadeira corrida ao Judiciário por diversos credores, o que inegavelmente põe em risco o caixa”.
fonte: https://www.infomoney.com.br/consumo/123milhas-admite-dividas-que-passam-de-r23-bi-em-pedido-de-recuperacao-judicial/?utm_term=Autofeed&utm_campaign=echobox&utm_medium=social&utm_source=Facebook&Echobox=1693342827&fbclid=IwAR11tnU3lMPcttb6f5_T79ycng6vMOs2vMrzQ0ygBY6WpLrup9uM_9PzIXk
